Tecnologia: A Verdadeira Solução Ambiental

Separar lixo, economizar água, deixar o carro em casa. Tudo isso ajuda. Mas o que vai salvar mesmo o planeta do aquecimento tem nome: TECNOLOGIA
A tese vem de Ted Nordhaus e Michael Schellenberger, chamados pós-ambientalistas americanos. Os dois sacudiram o mundo dos ecologistas em outubro/07 com o livro Break Through: From the Death of Environmentalism to the Politics of Possibility.
Não é que você vai deixar de andar de carro. É que daqui a alguns anos ele vai ou rodar com álcool produzido a partir de uma planta qualquer (de maneira mais eficiente que a cana-de-açúcar) ou a eletricidade. E essa eletricidade não virá das poluentes usinas de carvão e petróleo, que são responsáveis por 25% das emissões de CO2 do mundo, mas, sim, de usinas que captam a energia solar, eólica ou de hidrogênio.
A nova receita para salvar o mundo, dizem Nordhaus e Schellenberger, é investir com vontade em novas tecnologias. Algumas foram inventadas, mas precisam de ajustes para ser economicamente atraentes. (Afinal, isso nunca irá mudar: as pessoas e empresas se interessam pelo que dá dinheiro - o mundo é financista e ponto.)
Já outros desafios para diminuir o impacto negativo do homem no ambiente demandam pequenas revoluções tecnológicas.
De uma forma ou de outra, é preciso muito dinheiro para obter grandes avanços no curto espaço de tempo que temos. Nordhaus e Schellenberger acham que os EUA, como maiores poluidores histórico, devem dar o exemplo e até orçam o investimento: US$ 300 bilhões em apoio a pesquisas, nos próximos 10 anos.
Seria o equivalente em valores a um novo projeto Apollo, iniciativa americana que colocou o homem na Lua em apenas 8 anos e teve como subprodutos tecnologias que usamos até hoje. Os outros países deveriam fazer o mesmo.
Não que o investimento privado em pesquisa deva ser descartado. Várias empresas estão fazendo sua parte, especialmente agora que a mudança para um comportamento sustentável não só é bom para publicidade mas pode reduzir custos.
Uma gigante do ramo de higiene pessoal mudou o formato das embalagens de um xampu, economizando o equivalente a 15 milhões de recipientes por ano; várias empresas de coleta de lixo do mundo estão não só reciclando como também transformando os dejetos orgânicos em combustível por meio de miniusinas; shoppings estão trocando seus vasos sanitários por novos modelos que consomem 6 litros de água por descarga (cerca de 5 vezes menos que os modelos domésticos).
Esses avanços tecnológicos pontuais são louváveis, mas para o rumo do planeta mudar é preciso fazer investimentos mais ambiciosos. Mesmo que o governo não se mexa e despeje os bilhões de dólares em pesquisas como querem os pós-ambientalistas, já há centenas de pessoas trabalhando nisso.
Empresários do setor de tecnologia, como os donos do Google, Sergey Brin e Larry Page, além de Bill Gates e Paul Allen, já estão investindo um bom dinheiro em projetos como a produção de etanol, por exemplo.
Vontade de ajudar? Não exatamente. É só perceber que as grandes cifras estão sendo colocadas em pesquisas do setor energético - responsável por 34% das emissões de gases do efeito estufa (veja texto abaixo): "As oportunidades econômicas nas tecnologias limpas e a 'energia verde' prosperarão e gerarão dinheiro de uma maneira que fará com que o boom do Vale do Silício dos anos 90 pareça brincadeira de criança", afirma Ira Flatow, autor do livro Present at the Future ("Presente no Futuro", sem edição em português).
A tese vem de Ted Nordhaus e Michael Schellenberger, chamados pós-ambientalistas americanos. Os dois sacudiram o mundo dos ecologistas em outubro/07 com o livro Break Through: From the Death of Environmentalism to the Politics of Possibility.
Não é que você vai deixar de andar de carro. É que daqui a alguns anos ele vai ou rodar com álcool produzido a partir de uma planta qualquer (de maneira mais eficiente que a cana-de-açúcar) ou a eletricidade. E essa eletricidade não virá das poluentes usinas de carvão e petróleo, que são responsáveis por 25% das emissões de CO2 do mundo, mas, sim, de usinas que captam a energia solar, eólica ou de hidrogênio.
A nova receita para salvar o mundo, dizem Nordhaus e Schellenberger, é investir com vontade em novas tecnologias. Algumas foram inventadas, mas precisam de ajustes para ser economicamente atraentes. (Afinal, isso nunca irá mudar: as pessoas e empresas se interessam pelo que dá dinheiro - o mundo é financista e ponto.)
Já outros desafios para diminuir o impacto negativo do homem no ambiente demandam pequenas revoluções tecnológicas.
De uma forma ou de outra, é preciso muito dinheiro para obter grandes avanços no curto espaço de tempo que temos. Nordhaus e Schellenberger acham que os EUA, como maiores poluidores histórico, devem dar o exemplo e até orçam o investimento: US$ 300 bilhões em apoio a pesquisas, nos próximos 10 anos.
Seria o equivalente em valores a um novo projeto Apollo, iniciativa americana que colocou o homem na Lua em apenas 8 anos e teve como subprodutos tecnologias que usamos até hoje. Os outros países deveriam fazer o mesmo.
Não que o investimento privado em pesquisa deva ser descartado. Várias empresas estão fazendo sua parte, especialmente agora que a mudança para um comportamento sustentável não só é bom para publicidade mas pode reduzir custos.
Uma gigante do ramo de higiene pessoal mudou o formato das embalagens de um xampu, economizando o equivalente a 15 milhões de recipientes por ano; várias empresas de coleta de lixo do mundo estão não só reciclando como também transformando os dejetos orgânicos em combustível por meio de miniusinas; shoppings estão trocando seus vasos sanitários por novos modelos que consomem 6 litros de água por descarga (cerca de 5 vezes menos que os modelos domésticos).
Esses avanços tecnológicos pontuais são louváveis, mas para o rumo do planeta mudar é preciso fazer investimentos mais ambiciosos. Mesmo que o governo não se mexa e despeje os bilhões de dólares em pesquisas como querem os pós-ambientalistas, já há centenas de pessoas trabalhando nisso.
Empresários do setor de tecnologia, como os donos do Google, Sergey Brin e Larry Page, além de Bill Gates e Paul Allen, já estão investindo um bom dinheiro em projetos como a produção de etanol, por exemplo.
Vontade de ajudar? Não exatamente. É só perceber que as grandes cifras estão sendo colocadas em pesquisas do setor energético - responsável por 34% das emissões de gases do efeito estufa (veja texto abaixo): "As oportunidades econômicas nas tecnologias limpas e a 'energia verde' prosperarão e gerarão dinheiro de uma maneira que fará com que o boom do Vale do Silício dos anos 90 pareça brincadeira de criança", afirma Ira Flatow, autor do livro Present at the Future ("Presente no Futuro", sem edição em português).
Assim, o novo mundo não será repleto de pessoas " boazinhas" e ambientalmente conscientes que utilizarão produtos ambientalmente corretos e pagarão mais caro por isso. O futuro que parece combinar mais com a natureza humana é a utilização de veículos com combustíveis ecologicamente corretos ( e não a menor utilização dos automóveis); utilizaremos embalagens feitas de materiais biodegradáveis (que não demorarão mais que 6 meses para serem consumidas pelo solo); utilizaremos energias alternativas (eólica, solar, elétrica, etc) mas, tendemos a aumentar o consumo de energia e não reduzí-lo, a água será escassa e através da tecnologia será reaproveitada tantas vezes que forem necessárias para atender a demanda do consumo que cresce a cada dia no planeta. Enfim, seremos o que sempre fomos: seres criativos em busca de novas tecnologias para obtenção do máximo conforto. A única mudança será nos meios de conquistar este conforto através de tecnologias limpas e altamente rentáveis.
fonte de pesquisa: Revista Superinteressante
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