A Importância do Feedback Adequado

por Américo Marques Ferreira



Com muita perspicácia já dizia Ruy Barbosa: “Não há nada mais injusto do que tratar igualmente os desiguais”.

É muito comum se cometer o erro de dispensar um tratamento genérico a um conjunto de pessoas, ignorando as implicações das premissas que acabamos de enunciar.

Ao se pretender lidar “no atacado” com uma situação que envolve várias pessoas, na maioria das vezes, atinge-se a extrema “façanha” de descontentar a todos. Com alguns, errando por excesso de rigor, com outros, pela adoção de medidas insuficientes para corrigi-la.

Vamos analisar as seguintes situações:

QUANDO SE DESEJA MANIFESTAR RECONHECIMENTO
A UMA EQUIPE POR UM BOM TRABALHO REALIZADO:

Se um líder o fizer de maneira impessoal, sem destacar os méritos de cada integrante para o sucesso coletivo, dificilmente alguém se sentirá estimulado a continuar oferecendo o melhor de seus esforços em decorrência de tal homenagem.
Seria semelhante a colocarmos uma bala na boca sem retirar a embalagem, impedindo-nos de degustar o seu sabor.

QUANDO SE CHAMA A ATENÇÃO DE UMA EQUIPE EM FUNÇÃO DE UM ERRO COMETIDO POR UMA ÚNICA PESSOA

Certamente, os que nada tiveram a ver com o problema em questão poderão se sentir injustiçados por aquela generalização indevida.

Por outro lado, a pessoa a quem deveria ser dirigida aquela mensagem poderá não aprender com seu erro, pela generalização da culpa.

Além da personalização do tratamento anteriormente recomendado é importante ainda se considerar que:

ELOGIO SE FAZ EM PÚBLICO, quer para reconhecimento das contribuições individuais, quer para servir de exemplo e estímulo aos demais.

REPRIMENDA SE DÁ EM PARTICULAR, a fim de permitir a tomada de consciência sobre as causas que provocaram o erro, assim como, evitar-se expor uma pessoa à execração pública, de modo a preservar sua auto-estima.

EM AMBAS AS MENCIONADAS SITUAÇÕES há que se respeitar as características pessoais e o nível de maturidade dos envolvidos.

A NECESSIDADE DE AGUÇAR NOSSA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, semelhante à capacidade dos morcegos os quais, durante seu vôo, utilizam-se dos potentes “radares” de seus ouvidos para detectar eventuais obstáculos através da reflexão dos sons emitidos por eles mesmos (imperceptíveis aos ouvidos humanos).

CONCLUSÃO
Ao adotar estas recomendações estaremos aumentando a probabilidade de sucesso no exercício da liderança, evitando posturas reducionistas, semelhantes a um elefante numa loja de porcelana, sob a argumentação de que um líder autêntico e justo é aquele que dispensa a todos o mesmo tratamento.

fonte: Américo Marques Ferreira
Consultor Sênior do Instituto MVC
http://www.institutomvc.com.br/
Autor dos cursos e-learning Gestão da Mudança e Team Building


contribuição ao Blog : Denise Serpone Bueno

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