Caixa pode financiar construção de casas de gesso


Uma boa notícia para os produtores do pólo gesseiro do sertão pernambucano. A Caixa Econômica Federal vai estudar a possibilidade de financiar a construção de casas de gesso em Pernambuco. A avaliação começa com dois projetos pilotos que incluem a construção de 50 casas populares em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e outras 50 no município de Trindade, uma das cinco cidades que compõe o chamado pólo gesseiro, no Sertão do Araripe.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Gesso (Sindgesso), Josias Inojosa Filho, assegura as vantagens da construção de casas com este material ao invés da alvenaria. A principal delas é a rapidez na construção. Como explica Carlos Wellington Pires, engenheiro civil do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), enquanto as casas de alvenaria demandam no mínimo 40 dias para ficarem prontas, por causa da necessidade de acabamento, a construção de casas de gesso pode ser terminada em uma semana.

Outra vantagem que o engenheiro do Itep destaca é a diminuição de custos: uma casa com 40 metros quadrados , por exemplo, custa em média R $ 13 mil com mão de obra e custos fiscais incluído. A economia pode chegar a 30% e com desperdício mínimo, já que o Sindgesso vem estimulando o uso dos excedentes na agricultura.

É na região do Araripe que foi construído, por exemplo, o primeiro posto de saúde feito totalmente de gesso. Os moradores se impressionam porque não há rachaduras nas paredes. Isso porque, como explica Josias Inojosa, as placas de gesso têm valor agregado, pois recebem a aplicação de materiais como silicone que garantem a resistência das construções. As casas também são resistentes a chuva, como qualquer outra construção, e possibilitam uma sensação térmica mais agradável do que a alvenaria porque amenizam a variação técnica entre a manhã e a noite.

Caso seja aprovado o financiamento da Caixa, os interessados em ter casas de gesso terão as mesmas facilidades com relação a juros e prazos que o banco oferece para as constrições em alvenaria.

Pólo gesseiro

As casas do projeto piloto serão construídas com o material extraído e fabricado no chamado pólo gesseiro do Sertão do Araripe. É de lá, aliás, que saem 95% de todo o gesso usado no Brasil. Isso porque estão concentradas nas áreas as maiores jazidas de gipsita (o minério de onde é extraído o gesso ) do País.

As empresas do pólo ainda exportam para países como a Estados Unidos, Espanha, Angola e Islândia, onde o gesso dá origem a casas de luxo recobertas por madeira. As casas são enviadas em caixas, como verdadeiros quites para montagem. Essa produção é responsável, de acordo com as contas do Sindgesso, pela garantia de 76 mil empregos diretos e indiretos na região.

Fonte: Notícias 360°
contribuição: Renato Camacho

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