A Fachada do Birmann 31 - Skidmores, Owings & Merril


Nas proximidades da nova avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, o Birmann 31 tem a proposta volumétrica mais audaciosa: “Uma jóia de vidro prateado emergindo de uma pedra bruta”, diz o arquiteto Mustafa Abadan, de Skidmore, Owings & Merrill. O SOM de Nova York é responsável pelo projeto, no qual contou com a colaboração do escritório carioca Pontual Arquitetura.
O prisma irregular desenhado pelo escritório SOM acomoda 15 pavimentos (13 são andares-tipo), além de três subsolos, e inspira-se no design de jóias.
A idéia da pedra bruta é transposta para as grelhas que envolvem parcialmente as fachadas de vidro. Ela é reforçada no embasamento, onde as aberturas são menores, ampliando-se à medida que a edificação ganha verticalidade. A mudança gradual, acredita Abadan, ajuda a alterar a imagem do edifício, fazendo-o parecer mais alto.
Acima da grelha, torna-se perceptível o volume de vidro multifacetado que marca o skyline local. Nos andares mais altos, notadamente os dois últimos, a cidade pode ser avistada praticamente de todos os lados.
O edifício possui, ainda, na parte inferior da fachada envidraçada voltada para a Faria Lima, um recorte que surpreende - efeito similar ao produzido pelo volume irregular inserido na face voltada para a outra avenida. Originalidade ou reflexo de Bilbao? Risco, sim. O contundente apelo visual pode saturar a visão de quem tenha que conviver rotineiramente com a construção.Abadan afirma ainda que a orientação da fachada multifacetada para a Faria Lima e para o norte baseia-se, em parte, na idéia de que o edifício interagirá com um complexo de uso misto a ser edificado no lote vizinho.
fonte: Publicada originalmente em PROJETODESIGN Edição 283 Setembro de 2003
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