Construção de uma Catedral Gótica
Construção das abóbadasSalvadori, Mario. Why Buildings Stand Up. WW Norton & Company, New York, 1990.
A construção de uma catedral gótica formigava com dúzias de trabalhadores dispostos em times de trabalho e que recebiam por aquilo que faziam.
Cada construção era supervisionada por um mestre construtor e por volta de 30 artesãos especialistas. Esses especialistas e alguns de seus mais habilidosos trabalhadores moviam-se de função em função aplicando lições aprendidas e passadas de um a um.
O mestre construtor atuava como um projetista, um artista e ainda como um artesão. Com o auxílio de réguas, compassos, esquadros e outras poucas ferramentas geométricas, ele fazia as plantas da catedral.
Devido ao custo, os andaimes eram mínimos, assim os trabalhadores confiavam sua alma a Deus e andavam sobre flexíveis plataformas. Um perigoso momento para os trabalhadores ocorria quando as paredes atingiam suas alturas finais e os troncos de madeira para o telhado deviam ser elevados a essas alturas.
O telhado era colocado antes da construção das abóbadas. Auto-portantes, os telhados serviam de plataforma para a subida do maquinário empregado na construção das abóbadas de pedra.
Assim, com o telhado pronto, podia-se iniciar a construção das abóbadas.
Uma a uma, as pedras talhadas das nervuras eram colocadas sobre os cimbres de madeira e firmadas pelos pedreiros.
Entre os cimbres eram instaladas tábuas de madeira, as quais funcionavam como base para o assentamento das pedras durante a secagem da argamassa.
Após a secagem da argamassa, aplicava-se sobre as pedras uma camada de dez centímetros de concreto (buscando evitar fissuras entre as pedras).
Estando o concreto seco, as tábuas eram retiradas, seguidas pelos cimbres, finalizando-se a abóbada (vide sistema estrutural).
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