Ventura Corporate Towers - 2008 / 2009

Avenida que reúne alguns dos mais imponentes edifícios comerciais do Rio de Janeiro, a República do Chile, na região central, terá, até o final de 2008, “um novo cartão-postal”. Em se tratando da capital carioca, uma das mais belas cidades do mundo, é uma pretensão e tanto dos empreendedores. E por mais clichê que a expressão possa soar, é assim que eles se referem ao complexo Ventura Corporate Towers.
O projeto foi desenvolvido em 2001, pelos escritórios Aflalo & Gasperini Arquitetos (Brasil) e Kohn Pedersen Fox Associates (EUA). Eles criaram duas torres de 36 andares cada uma, com lobby de nove metros de pé-direito. Na base, haverá lojas, restaurantes, cafés e outros serviços, além de um centro de convenções para 200 pessoas.
Em busca da certificação Leed, centro comercial de alto padrão é projetado e construído de acordo com critérios de sustentabilidade de ONG norte-americana
Uso racional de energia e da água, planta livre, captação e uso de água pluvial, emprego de materiais reciclados e certificados e controle da emissão de poeira em obra. Essas são algumas das qualidades do Ventura Corporate Towers.
Para o arquiteto Roberto Aflalo, do escritório Aflalo e Gasperini, um dos desafios foi "estabelecer um novo padrão de edifício de escritórios na área central do Rio de Janeiro, dentro das posturas urbanísticas desse setor da cidade". "Para nós, o desafio foi desenvolver um projeto do porte do Ventura Corporate Towers em uma parceria internacional de escritórios de arquitetura, sem deixar de atender às questões de sustentabilidade e urbanismo, dada à relevância do local onde está implantado", acrescenta Aflalo.
O escritório americano Pedersen Fox Associates foi responsável pelo desenvolvimento do partido arquitetônico do projeto a partir do master plan elaborado por Aflalo & Gasperini, englobando todas as definições relativas a fachadas, áreas externas e lobbies do térreo. Coube ao escritório Aflalo & Gasperini o desenvolvimento e coordenação geral de projetos, além da elaboração dos núcleos de circulação vertical e a adequação do projeto à realidade brasileira. "Mesmo com os papéis bem definidos, a interação entre KPF e A&G foi intensa ao longo de todo o processo de projeto", explica Aflalo.
Um dos destaques do edifício é, sem dúvida, o sistema de retenção e reúso das águas pluviais. A água das chuvas é captada em toda a projeção do terreno e conduzida até um tanque de retardo, localizado no terceiro subsolo, para depois ser encaminhada a um tanque de reúso, onde é bombeada para o sistema de ar-condicionado. "A característica principal do sistema é a capilaridade. As águas pluviais captadas por pisos drenantes, grelhas, condutores de descida, são direcionadas ao reservatório de águas de reúso, onde alimentam por bombeamento os sistemas de irrigação, espelhos d'água e lavagem de áreas externas", explica Roberto Aflalo.
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