Certificação Ambiental: AQUA OU LEED?

Uma das diferenças entre a certificação européia Aqua e a norte-americana Leed é a avaliação do edifício em fases
No total, o Aqua estabelece 14 itens que precisam ser atendidos dentro de três níveis de classificação: bom, superior e excelente. No mínimo, precisam ser atendidos três requisitos no grau excelente e, no máximo, sete no nível bom. Essa é a diferença em relação ao sistema americano, que soma pontos. “Se, por exemplo, o solicitante cumprir três requisitos no nível excelente, quatro no superior e sete no bom, ele se enquadrará no perfil mínimo para a emissão do certificado”, explica o engenheiro civil Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do Processo Aqua.
Por ser entidade certificadora, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini não pode prestar assessoria. Mas já começam a surgir no Brasil escritórios de projetos e gerenciamento de empreendimentos.
Lançada pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini, a certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental) é baseada em normas européias, com indicadores adequados à realidade brasileira. A iniciativa decorre de parceria entre a entidade, o Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e o Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB), instituto francês considerado referência mundial em pesquisas na construção civil.
Uma das diferenças entre o Aqua e o selo norte-americano Leed, lançado recentemente no Brasil, é a avaliação e a certificação do edifício em fases, atendendo a requisitos.
No total, o Aqua estabelece 14 itens que precisam ser atendidos dentro de três níveis de classificação: bom, superior e excelente. No mínimo, precisam ser atendidos três requisitos no grau excelente e, no máximo, sete no nível bom. Essa é a diferença em relação ao sistema americano, que soma pontos. “Se, por exemplo, o solicitante cumprir três requisitos no nível excelente, quatro no superior e sete no bom, ele se enquadrará no perfil mínimo para a emissão do certificado”, explica o engenheiro civil Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do Processo Aqua.
Segundo ele, por meio de convênio com o CSTB, que faz a certificação de construções sustentáveis na França, adaptaram-se a metodologia e o referencial franceses aos processos internos da Fundação Carlos Alberto Vanzolini. O referencial técnico final, acertado por professores da Poli/USP, especifica quais os parâmetros de desempenho ambiental e de conforto e saúde dos usuários de edifícios de escritórios e escolas. Os critérios, no entanto, podem ser ajustados e aplicados em outros segmentos.
A Método Engenharia pretende adotá-los, por exemplo, na construção de um resort em Pernambuco, o que permitirá definir o referencial brasileiro para hotel. Também existe pré-entendimento com o instituto Qualitel, da França, que aplica os mesmos princípios para edifícios residenciais.
Por ser entidade certificadora, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini não pode prestar assessoria. Mas já começam a surgir no Brasil escritórios de projetos e gerenciamento de empreendimentos.
“O próprio pessoal da Universidade de São Paulo pode dar esse apoio”, comenta o coordenador do Processo Aqua. Além disso, muitos projetistas já possuem visão de sustentabilidade em sua formação e experiência profissional. O lançamento do Aqua ocorreu durante o Seminário Internacional Brasil-França - Construção Sustentável, realizado em abril na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Informações sobre esse novo modelo de certificação estão disponíveis no site http://www.geaconstruction.com/
fonte: Arcoweb
Texto resumido a partir de reportagem Publicada originalmente em FINESTRAEdição 53 Junho de 2008
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