Imóveis comerciais vivem sua melhor fase em 18 anos
São Paulo, 4 de Dezembro de 2008 - O mercado de imóveis para escritórios, em São Paulo e no Rio de Janeiro, teve seu melhor momento, desde 1990, no terceiro trimestre deste ano. Concluído no final de setembro, o balanço desse período avaliou a absorção em espaços para a classe A de 173 mil metros quadrados a mais do que o trimestre anterior, e uma taxa de vacância no Estado de São Paulo, para edifícios do mesmo público, de 5,2%, valor abaixo do estipulado como ideal - 8% a 10%. No Rio de Janeiro, a taxa de vacância, avaliada em 10,7%, foi maior, devido a entrega de um novo edifício - torre A do Ventura Corporate Tower - no centro, com 54 mil metros quadrados.
A elevação dos preços de locação foi outro aspecto que comprovou a ascensão do segmento no período. Segundo estudo realizado pela consultoria Cushman & Wakefield, a metrópole paulista atingiu média total de R$ 54,50 o metro quadrado útil, e a carioca, de R$ 64,70 o metro quadrado útil.
Com 8,4 milhões de metros quadrados para imóveis comerciais em São Paulo e 5,2 milhões de metros quadrados no Rio de Janeiro - sendo 1,8 milhão de metros quadrados e 1,3 milhão de metros quadrados para a classe A respectivamente - a locação de imóveis vem evoluindo desde 2003. Só no Rio, verificou-se um aumento de 20% nos meses de julho, agosto e setembro.
Mesmo com dados expressivos, preocupação e cautela são importantes nesse momento de incertezas, devido a crise financeira mundial. "É preciso esperar as medidas do governo. As construtoras que já tinham investido continuarão com os empreendimentos, as que não descapitalizaram estão aguardando o que irá acontecer no mercado até o início de 2009", afirmou a gerente de pesquisas para a América do Sul da Cushman & Wakefield, Milena Morales.
A entrega de 180 mil metros quadrados em edifícios no ano que vem poderá aumentar a taxa de vacância, "ela será um pouco maior que hoje, pois os espaços que já estão locados não serão devolvidos", comenta Milena. A expectativa, segundo a gerente, é de que os valores das locações permaneçam estáveis no próximo ano.
Em São Paulo, a Avenida Faria Lima reúne os edifícios mais procurados pelos escritórios de classe A, devido ao status que a região proporciona, somando uma taxa mínima de vacância de 2%, em relação a outros bairros. A segunda opção dos empreendedores são as avenidas Paulista e Berrini. No Rio de Janeiro, a região sul concentra o maior número de imóveis comerciais, principalmente em Ipanema e Leblon.
Mobiliário
Para acompanhar a demanda e a realidade atual do setor imobiliário de escritórios, empresas de móveis comerciais buscam inovação e contato diferenciado com seus clientes. O design e o custo-benefício são os objetivos da Riccó, empresa moveleira para escritórios que vem crescendo 43% ao ano desde 2004. Em novembro, a empresa, com sede em São Paulo, atingiu faturamento recorde de R$ 11 milhões. "Este é o melhor período para as vendas, pois as empresas mudam de local no final do ano", comenta Fernando Bottura, diretor da Riccó.
O forte da empresa é o atendimento personalizado. Arquitetas reúnem-se com os empreendedores para definirem a melhor opção e disposição dos móveis, de acordo com a realidade do cliente. "Nosso objetivo é tornar a venda dos móveis mais fácil, por isso o layout do local é feito e apresentado durante a visita", conta o diretor.
O móvel mais procurado pelos escritórios é a mesa plataforma, que corresponde a 70% das vendas da Riccó. Além de otimizar o espaço, com um ambiente aberto sem divisórias por baias, facilita a comunicação. "Ao mudar, as empresas buscam melhorar o ambiente de trabalho, gerar produtividade e por sua vez, aumentar a rentabilidade", completa Bottura.
Sem sofrer, ainda, os impactos da crise financeira, o executivo acredita que em 2009 a demanda no setor cairá em decorrência da "sensação psicológica" que atinge o mercado. "As metas da Riccó para o próximo ano foram reduzidas para um crescimento de 35%", afirma.
A rede de franquias é uma das estratégias da empresa para aumentar as vendas por território. Seis lojas no Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza serão inauguradas em 2009. Outra iniciativa que visa suprir o déficit das compras nacionais é a atuação da empresa no mercado externo. Atualmente, a Riccó exporta somente complementos para projetos, em pequenas quantidades. Mas com o atual valor do dólar, a empresa pretende voltar ao índice de exportação que tinha há dois anos, que representava 20% do faturamento, na época, cerca de R$ 7 milhões/ano - quando exportava para Angola, Mercosul e Espanha.
(Gazeta Mercantil/Relatorio - Pág. 5)(Marianna Pedrozo)
A elevação dos preços de locação foi outro aspecto que comprovou a ascensão do segmento no período. Segundo estudo realizado pela consultoria Cushman & Wakefield, a metrópole paulista atingiu média total de R$ 54,50 o metro quadrado útil, e a carioca, de R$ 64,70 o metro quadrado útil.
Com 8,4 milhões de metros quadrados para imóveis comerciais em São Paulo e 5,2 milhões de metros quadrados no Rio de Janeiro - sendo 1,8 milhão de metros quadrados e 1,3 milhão de metros quadrados para a classe A respectivamente - a locação de imóveis vem evoluindo desde 2003. Só no Rio, verificou-se um aumento de 20% nos meses de julho, agosto e setembro.
Mesmo com dados expressivos, preocupação e cautela são importantes nesse momento de incertezas, devido a crise financeira mundial. "É preciso esperar as medidas do governo. As construtoras que já tinham investido continuarão com os empreendimentos, as que não descapitalizaram estão aguardando o que irá acontecer no mercado até o início de 2009", afirmou a gerente de pesquisas para a América do Sul da Cushman & Wakefield, Milena Morales.
A entrega de 180 mil metros quadrados em edifícios no ano que vem poderá aumentar a taxa de vacância, "ela será um pouco maior que hoje, pois os espaços que já estão locados não serão devolvidos", comenta Milena. A expectativa, segundo a gerente, é de que os valores das locações permaneçam estáveis no próximo ano.
Em São Paulo, a Avenida Faria Lima reúne os edifícios mais procurados pelos escritórios de classe A, devido ao status que a região proporciona, somando uma taxa mínima de vacância de 2%, em relação a outros bairros. A segunda opção dos empreendedores são as avenidas Paulista e Berrini. No Rio de Janeiro, a região sul concentra o maior número de imóveis comerciais, principalmente em Ipanema e Leblon.
Mobiliário
Para acompanhar a demanda e a realidade atual do setor imobiliário de escritórios, empresas de móveis comerciais buscam inovação e contato diferenciado com seus clientes. O design e o custo-benefício são os objetivos da Riccó, empresa moveleira para escritórios que vem crescendo 43% ao ano desde 2004. Em novembro, a empresa, com sede em São Paulo, atingiu faturamento recorde de R$ 11 milhões. "Este é o melhor período para as vendas, pois as empresas mudam de local no final do ano", comenta Fernando Bottura, diretor da Riccó.
O forte da empresa é o atendimento personalizado. Arquitetas reúnem-se com os empreendedores para definirem a melhor opção e disposição dos móveis, de acordo com a realidade do cliente. "Nosso objetivo é tornar a venda dos móveis mais fácil, por isso o layout do local é feito e apresentado durante a visita", conta o diretor.
O móvel mais procurado pelos escritórios é a mesa plataforma, que corresponde a 70% das vendas da Riccó. Além de otimizar o espaço, com um ambiente aberto sem divisórias por baias, facilita a comunicação. "Ao mudar, as empresas buscam melhorar o ambiente de trabalho, gerar produtividade e por sua vez, aumentar a rentabilidade", completa Bottura.
Sem sofrer, ainda, os impactos da crise financeira, o executivo acredita que em 2009 a demanda no setor cairá em decorrência da "sensação psicológica" que atinge o mercado. "As metas da Riccó para o próximo ano foram reduzidas para um crescimento de 35%", afirma.
A rede de franquias é uma das estratégias da empresa para aumentar as vendas por território. Seis lojas no Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza serão inauguradas em 2009. Outra iniciativa que visa suprir o déficit das compras nacionais é a atuação da empresa no mercado externo. Atualmente, a Riccó exporta somente complementos para projetos, em pequenas quantidades. Mas com o atual valor do dólar, a empresa pretende voltar ao índice de exportação que tinha há dois anos, que representava 20% do faturamento, na época, cerca de R$ 7 milhões/ano - quando exportava para Angola, Mercosul e Espanha.
(Gazeta Mercantil/Relatorio - Pág. 5)(Marianna Pedrozo)
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